Resumo
O manejo da dor aguda pós-operatória em pacientes pediátricos é um desafio clínico importante, que requer uma abordagem cuidadosa e individualizada. A dor não tratada adequadamente pode resultar em complicações e impactar negativamente na recuperação e no bem-estar da criança. Portanto, é essencial que as equipes de saúde adotem as melhores práticas no manejo da dor nesse contexto. Este estudo tem como objetivo revisar as melhores práticas no manejo da dor aguda pós-operatória em pacientes pediátricos, considerando as evidências mais recentes e as diretrizes clínicas disponíveis. Trata-se de uma revisão bibliográfica, de método exploratório, utilizando de premissas qualitativas, usando as bases de dados da PubMed, Scopus, Web of Science, SciELO, Revista Latino-Americana de Enfermagem, com um recorte temporal entre os anos de 2003 e 2024. Além disso, foram utilizados os descritores em saúde “dor aguda em paciente pediátricos”, “manejo da dor em pacientes pediátricos em pós-operatório”, “analgesia” e “dor pós-operatória”. O manejo da dor aguda pós-operatória em pacientes pediátricos deve ser individualizado e baseado em uma avaliação cuidadosa da intensidade da dor, do tipo de procedimento cirúrgico realizado, das condições clínicas do paciente e de outros fatores relevantes. As opções terapêuticas incluem analgésicos não opioides, opioides, técnicas de analgesia regional e adjuvantes analgésicos, como os anestésicos locais e os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Além do tratamento farmacológico, outras abordagens, como a terapia cognitivo-comportamental, a terapia física e a terapia ocupacional, podem ser úteis no manejo da dor aguda pós-operatória em pacientes pediátricos. A educação dos pais e cuidadores também desempenha um papel importante, ajudando a garantir a adesão ao plano de tratamento e a identificação precoce de sinais de dor. O manejo da dor aguda pós-operatória em pacientes pediátricos requer uma abordagem multidisciplinar e individualizada, que leve em consideração as características específicas de cada paciente. As melhores práticas no manejo da dor devem ser baseadas em evidências e diretrizes clínicas atualizadas, visando garantir o alívio da dor e a promoção de uma recuperação adequada e segura.
Referências
VINCENT CVH, DENYES MJ. Relieving children’s pain: nurses’ abilities and analgesic administration practices. J Pediatr Nurs 2004;19(1):40-50.
LELLAN KM. Postoperative pain: strategy for improving patient experiences. J Adv Nurs 2004;46(2):179-85.
BARBOSA SMM, GUINSBURG R. Dor de acordo com as faixas etárias pediátricas. In: Teixeira MJ, Braum JL Filho, Marquez JO, Yeng LT. Dor: contexto interdisciplinar. Curitiba (PR): Maio; 2003. p. 535-45.
HUTH MM, BROOME ME, GOOD M. Imagery reduces children’s post-operative pain. Pain 2004;110:439-48.
SBED-Sociedade Brasileira de Estudos da Dor [Internet]. 2016 [cited 2024 mar 09]. Available from: http://www.sbed.org.br
STÜBE M, CRUZ CT, BENETTI ERR, GOMES JS, STUMM EMF. Perceptions of nurses and pain management of cancer patients. Rev Min Enferm. 2015;19(3):696–703. doi: 10.5935/1415-2762.20150053
CECCIM RB, FERLA AA. Educação permanente em saúde [Internet]. 2024 [cited 2024 Mar 09]. Available from: http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/ dicionario/verbetes/edupersau.html
LÜLLMANN H, MOHR K, HEIN L. Farmacologia. 7o. Porto Alegre: Artmed; 2017.
PALMEIRA CCA, ASHMAWI HA, POSSO IP. Sex and pain perception and analgesia. Rev Bras Anestesiol [Internet]. 2024 [cited 2024 Mar 09];61(6):814–28. Available from: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0034709411700915
BUSSOTTI EA, GUINSBURG R, PEDREIRA MLG. Cultural adaptation to Brazilian Portuguese of the Face, Legs, Activity, Cry, Consolability revised (FLACCr) scale of pain assessment. Rev Latino-Am Enfermagem. 2015;23(4):651–9. doi: 10.1590/0104-1169.0001.2600