Resumo
Este artigo apresenta uma revisão integrativa sobre as indicações, contraindicações e desfechos clínicos do uso da episiotomia, com o objetivo de consolidar o conhecimento atual sobre a prática. A episiotomia, uma intervenção obstétrica realizada para facilitar o parto vaginal, foi amplamente utilizada de forma rotineira nas décadas passadas. No entanto, estudos recentes questionam a sua eficácia e segurança, especialmente quando realizada sem indicação específica. A revisão abrange uma análise das indicações mais frequentes, como casos de distocia e sofrimento fetal, e as contraindicações, destacando a importância do consentimento informado da parturiente. A prática indiscriminada de episiotomia tem sido associada a complicações significativas, como dor perineal persistente, infecções e traumas psicológicos, afetando negativamente a qualidade de vida das mulheres. Além disso, a prática pode configurar violência obstétrica, quando realizada sem necessidade ou sem a devida comunicação com a parturiente. Este estudo reforça a importância de uma abordagem criteriosa, alinhada com as recomendações da OMS, visando reduzir a frequência de episiotomias desnecessárias e promover um parto mais seguro e respeitoso.
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