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Resumo
A inflamação sistêmica tem emergido como um fator relevante na fisiopatologia de diversas condições neuropsiquiátricas, incluindo depressão, ansiedade, esquizofrenia e transtorno bipolar. Estudos recentes sugerem que a ativação crônica do sistema imunológico pode influenciar o funcionamento cerebral, afetando neurotransmissores, plasticidade neural e o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, contribuindo para o surgimento de sintomas neuropsiquiátricos. Este estudo tem como objetivo explorar a relação entre a inflamação sistêmica e as alterações neuropsiquiátricas, investigando os mecanismos subjacentes, os marcadores inflamatórios envolvidos e as implicações clínicas para diagnóstico e tratamento. A revisão bibliográfica explora a relação entre inflamação sistêmica e transtornos psiquiátricos, com ênfase no papel da barreira hematoencefálica, vias inflamatórias, e potenciais abordagens terapêuticas utilizando agentes anti-inflamatórios. O estudo abrange artigos publicados entre 2015 e 2022, com base em uma busca sistemática em bases como PubMed e Scopus. Os principais tópicos incluem a interação entre inflamação e depressão, a disfunção da barreira hematoencefálica, e o papel das vias inflamatórias como alvo terapêutico. Pesquisas demonstram que níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias, como IL-6, TNF-α e IL-1β, estão associados a sintomas depressivos e ansiosos em diferentes populações. Em modelos animais e estudos em humanos, a inflamação periférica mostrou interferir na barreira hematoencefálica, promovendo alterações nos circuitos neurais relacionados ao humor e cognição. Além disso, intervenções anti-inflamatórias, como o uso de inibidores de citocinas ou modulação imunológica, têm mostrado benefícios promissores no alívio de sintomas neuropsiquiátricos, especialmente em casos refratários aos tratamentos convencionais. Logo, a relação entre inflamação sistêmica e alterações neuropsiquiátricas destaca a necessidade de uma abordagem integrativa que inclua a avaliação imunológica como parte do manejo clínico. Compreender melhor esses mecanismos pode levar ao desenvolvimento de terapias inovadoras, direcionadas ao controle da inflamação, promovendo melhores desfechos para pacientes com transtornos neuropsiquiátricos.
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