Resumo
Introdução: O isolamento social trouxe algumas consequências negativas, incluindo o aumento da violência doméstica principalmente contra idosos, crianças, adolescentes e mulheres. Partindo deste princípio, a violência hoje é considerada um problema de saúde de esfera global, sendo fundamental a inserção de políticas públicas eficientes para colaborar com a sua redução, bem como as ações inclusivas que priorizam os direitos humanos e respeito, sendo tarefa primordial do poder público. Objetivo: Identificar as consequências da violência durante o período de isolamento social. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada a partir de um levantamento nas bases de dados científicas: LILACS, BDENF e SCIELO. Resultados e Discussões: O isolamento social trouxe como resultado diferentes pontos negativos, principalmente no que tange o agravamento de comorbidades preexistentes, transtornos mentais e violências domésticas. O que antes, a maior parte do tempo, os familiares gastavam em seus trabalhos, nas escolas, em tarefas de lazer e passeios, com as medidas de confinamento a realidade mudou, acarretando um espaço de vulnerabilidade para a ocorrência de conflitos e desentendimentos familiares. Nesse ponto, a violência aumentou de forma significativa nesse período e seus efeitos se manifestam em diferentes circunstâncias, como adoecimentos psíquicos, suicidio, mortes, prejuízos sociais e econômicos e impactos à saúde pública. Com estes resultados, surge a necessidade de medidas de combate à violência doméstica em todos os grupos populacionais. Conclusão: Foi evidenciado a partir desta revisão integrativa que o distanciamento social provocou inúmeras complicações à população em geral, principalmente no que tange os agravos à saúde pública. Nesse viés, a violência teve sua acentuação durante a quarentena, sob os diversos aspectos mencionados neste estudo, ocasionando às vítimas traumas, agressões e ocorrências irreversíveis.
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