Resumo
O desenvolvimento infantil é formado a partir de vários aspectos interligados que definem a evolução do indivíduo desde a sua concepção. Por isso, os marcos do desenvolvimento avaliam a ordem natural do avanço de funções, sendo elas sensoriais, motoras, de linguagem, sociais, adaptativas, emocionais e cognitivas. Para assegurar a efetividade da avaliação, é necessário manter continuidade durante as consultas da puericultura. Para isso, o acompanhamento das atividades diárias da criança com o intuito de detectar precocemente atrasos e de reverter ou de reduzir prejuízos no desenvolvimento infantil, possibilita uma infância saudável e a formação de um adulto adaptado e integrado em sociedade. Cabe avaliar as influências que interferem positivamente e negativamente o desenvolvimento individual, levando em consideração fatores determinantes como os genéticos e também outros fatores associados: os ambientais, os quais aumentam a sua interferência a partir do segundo ano de vida. Somado a isso, os fatores externos: intercorrências na gestação ou no nascimento, pré-natal inadequado ou ausente, prematuridade, baixo peso ao nascer, uso de teratogênicos e síndromes de saúde mental na gravidez podem gerar danos exponenciais ao desenvolvimento. Para um desenvolvimento considerado adequado, deve-se levar em consideração a habilidade do tecido nervoso em multiplicar-se, especialmente, nos primeiros anos de vida. Nessa fase, as condições externas podem ser danosas para o crescimento. Entretanto, devido sua grande capacidade de neuroplasticidade, a criança adapta-se melhor às intervenções.