PACIENTES PORTADORES DE VALVOPATIAS DEVIDO À FEBRE REUMÁTICA E PRÓTESES MECÂNICAS E BIOLÓGICAS - UMA REVISÃO COMPREENSIVA

Resumo

INTRODUÇÃO: A febre reumática (FR) é uma doença que ocorre após a infecção por estreptococos ß-hemolíticos do grupo A, devido a um quadro de faringite. Desse modo, a doença cardíaca reumática é o resultado pós-inflamatório da febre reumática, se manifestando como estenose valvar, que consiste na falha da abertura da valva ou na insuficiência valvar, que é a falha do fechamento da valva, acometendo, principalmente, a valva atrioventricular esquerda (mitral). E muitas vezes o tratamento é cirúrgico. OBJETIVO: Essa revisão de literatura visa comparar os riscos e os benefícios apresentados em cada tipo de prótese (biológica ou mecânica) em pacientes com FR não tratados adequadamente e que desenvolveram valvopatia. MÉTODOS: Foram utilizados como fonte de dados as plataformas digitais PubMed e Scielo, onde foram selecionados artigos dos últimos 5 anos, em Inglês e Português e com as palavras chaves: “prótese valvar”, “valvopatias” e combinações entre elas, e a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Além dos meios digitais, utilizou-se a literatura clássica como ROBBINS & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças.2016. RESULTADOS: A FR atinge pessoas suscetíveis devido a fatores genéticos e ambientais. Tem seu diagnóstico fundamentado nos critérios de Jones e uma das consequências de um tratamento inadequado é as valvopatias. O tratamento medicamentoso auxilia no alívio dos sintomas, porém o tratamento definitivo é a substituição valvar. Existem as próteses mecânicas e as biológicas de origem bovina ou suína. A primeira opção tem uma boa durabilidade, no entanto, necessita de anticoagulação. Em contrapartida, a segunda opção perde sua efetividade mais rápido, mas não necessitam de anticoagular, exceto na presença de fatores de risco. Em relação à infecção ambas são suscetíveis. CONCLUSÃO: A FR se não tratada adequadamente pode gerar quadros de estenose ou insuficiência valvar. Ademais, o tratamento medicamentoso apenas alivia os sintomas, mas a cirurgia de substituição é o mais eficiente, sendo que as próteses mecânicas são mais duráveis e precisam de anticoagulante, enquanto que as biológicas dispensam a terapia anticoagulante, mas tem curta duração.