Resumo
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais habitual em escala mundial e o mais comum principalmente em mulheres na faixa etária entre 40 a 69 anos, com mais de mil mortes anualmente. Ao vivenciar uma doença como o câncer, não é apenas o indivíduo que sofre, mas sim toda a família. Por isso, entender os sentimentos das pacientes e de seus familiares frente a eventos como a doença e o tratamento é relevante para que a equipe de saúde possa planejar ações adequada a tais pessoas em consonância com as suas necessidades. Dessa forma a família apresenta-se como estratégia essencial para a paciente transgredir pelo processo de câncer. Objetivou-se entender o papel familiar no enfrentamento e no tratamento do câncer de mama. Foi realizado um estudo com abordagem qualitativa, utilizando os preceitos da teoria do interacionismo simbólico por meio da técnica de aplicação de uma entrevista semiestruturada. Foram entrevistadas mulheres com câncer de mama atendidas em uma unidade de saúde da família localizada no norte de Minas Gerais. O apoio familiar é um aspecto significativo diante de uma doença temida e cheia de estigmas, acarretando a necessidade de transformação e reorganização pessoal e familiar nas várias vertentes da vida.
Referências
AMBRÓSIO, D.C.M.; SANTOS, M.A. Vivências de Familiares de Mulheres com Câncer de Mama: Uma Compreensão Fenomenológica. Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 27, n. 4, p. 475-484, 2011.
BARRETO, T.S.; AMORIM, R.C. A Família Frente ao Adoecer e ao Tratamento de um Familiar com Câncer. Revista. Enfermagem. UERJ. v.18, n.3, p.462-467, 2010.
BIFFI, R.G.; MAMEDE, M.V. Dinâmica familiar: percepção de Famílias de Sobreviventes de Câncer de Mama. Escola Anna Nery Revista Enfermagem. v.13, n.1, p.131-139, 2009.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Rio de Janeiro: Edições 70; 2004.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Estimativa 2020: incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2019a. Disponível em: https://www.inca.gov.br/estimativa/taxas-ajustadas/neoplasia-maligna-da-mama-feminina-e-colo-do-utero Acesso em: 12 maio 2021.
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde (Brasil). Resolução 466 [Internet]. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf.
CAETANO, E.A.; GRADIM; C.V.C.; SANTOS; L.E.S. Câncer de Mama: Reações e Enfrentamento ao Receber o Diagnóstico. Revista. Enfermagem. UERJ. v.17, n.2, p.257-261, 2009.
CARVALHO, V.D.; BORGES, L.O.; RÊGO, D.P.R. Interacionismo simbólico: Origens, Pressupostos e Contribuições aos Estudos em Psicologia Social. Psicologia Ciência e Profissão. v.30, n.1, p.146-161, 2010.
FEIJÓ, A.M et al. O papel da família sob a ótica da mulher acometida por câncer de mama. Revista Ciência Cuidado Saúde. v.8, n.1, p.79-84, 2009.
FERREIRA, N.M.L et al. Câncer e Família: Compreendendo os significados simbólicos. Revista Ciência Cuidado Saúde. v.9, n.2, p.269-277, 2010.
MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12ª 9ª. São Paulo: Hucitec, 2010.
NASCIMENTO, A.N do et al. Estratégias de Enfrentamento de Familiares de Mulheres Acometidas por Câncer de Mama. Revista Ciência Cuidado e Saúde. v.10, n.4, p.789-794, 2011.
RAMOS, W.S.R.R et al. Sentimentos vivenciados por mulheres acometidas por câncer de mama. J Health Sci Inst. v.30, n.3, p.241-248, 2012.
SALCI, M.A.; MARCON, S.S. De Cuidadora a Cuidada: quando a Mulher Vivencia o Câncer. Texto Contexto Enfermagem. v.17, n.3, p.544-551, 2008.
SALCI, M.A.; MARCON, S.S. Enfrentamento do Câncer em Família. Texto Contexto Enfermagem. v.20, n.1, p.178-186, 2011.
SILVA, G.; SANTOS; M.A. “Será que não vai acabar nunca?”: Perscrutando o Universo do pós-tratamento do Câncer de Mama. Texto Contexto Enfermagem. v.17, n.3, p.561-518, 2008.