Resumo
Introdução: A investigação sobre os impactos da violência obstétrica na saúde mental da mulher se justifica diante da urgência em compreender e abordar as consequências psicológicas profundas desencadeadas por práticas desrespeitosas no contexto do parto. A violência obstétrica não só viola os direitos fundamentais das mulheres, mas também tem repercussões de longo alcance em sua saúde mental, afetando a experiência do parto e deixando sequelas emocionais duradouras. A escassez de estudos específicos nessa área ressalta a necessidade de uma análise aprofundada para preencher lacunas de conhecimento e fundamentar intervenções que promovam um ambiente obstétrico mais respeitoso. Objetivo: Analisar de maneira abrangente e aprofundada os impactos da violência obstétrica na saúde mental da mulher. Metodologia: A realização desta pesquisa, procedeu-se por meio de uma revisão integrativa da literatura, construída mediante um levantamento de dados nas bases científicas de saúde: LILACS e SCIELO, sendo selecionados como amostra um total de 08 artigos completos. Resultados e Discussões: A análise abrangente e aprofundada dos impactos da violência obstétrica na saúde mental da mulher reforça a urgência de uma abordagem integral na assistência ao parto. Esta pesquisa oferece subsídios valiosos para a construção de práticas obstétricas mais humanizadas, sensibilizando profissionais de saúde, gestores e a sociedade em geral para a importância de um cuidado respeitoso e livre de violência durante o processo reprodutivo. Conclusão: A análise abrangente e aprofundada dos impactos da violência obstétrica na saúde mental da mulher destaca a gravidade desse fenômeno, evidenciando que suas ramificações vão além do aspecto físico, afetando profundamente o bem-estar emocional das mulheres. Os resultados desta pesquisa reforçam a urgência de medidas efetivas para prevenir e abordar a violência obstétrica, promovendo um ambiente mais respeitoso e humano durante o processo de parto.
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