Palavras-chave
Como Citar
Resumo
Objetivo: Explorar a mielopatia degenerativa canina (MDC), uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta a qualidade de vida dos cães, enfatizando a importância do diagnóstico precoce e das abordagens terapêuticas. A MDC afeta majoritariamente cães de idade adulta e provoca a desmielinização das fibras medulares, iniciando na região toracolombar. As manifestações clínicas englobam paraparesia, ataxia e, em fases mais avançadas, paralisia. A confirmação do diagnóstico ocorre após a morte através de análises histopatológicas, porém a causa ainda é incerta. Sugere-se uma origem imunomediada com um possível componente genético. O tratamento é conservador e tem como objetivo preservar a qualidade de vida, incluindo atividades físicas, assistência nutricional e medicamentos como ácido aminocaproico e N-acetilcisteína. É essencial diminuir o estresse e adaptar o ambiente dos animais. Apesar de a resposta ao tratamento variar entre os pacientes, intervenções iniciais podem levar a um prognóstico mais favorável. É crucial a cooperação entre tutores e veterinários no controle da MDC, sendo necessário mais estudos para entender os mecanismos da enfermidade, com o objetivo de criar estratégias de tratamento mais eficientes e duradouras a longo prazo.
Referências
COATES, J. R.; WININGER, F. A. (2010). Canine degenerative myelopathy. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 40, 929-950.
COATES, J. R.; MARCH, P. A.; OGLESBEE, M.; RUAUX, C. G.; OLBY, N. J.; BERGHAUS, R. D.; O’BRIEN, D. P.; KEATING, J. H.; JOHNSON, G. S.; WILLIAMS, D. A. (2007). Clinical characterization of a familial degenerative myelopathy in Pembroke Welsh Corgi dogs. Journal of Internal Medicine, 6, 1323-1331.
FOSSUM, T. (2005). Doenças não-cirúrgicas da espinha. In: Cirurgia de Pequenos Animais (2. ed., pp. 1357-1358). São Paulo: Roca.
GUZZI, R. F. de; FORMENTON, M. R.; COLOMBA, K. P.; VERAS, M.; JOAQUIM, J. F. G.; FANTON, D. T. (2018). Mielopatia degenerativa em cães: um desafio na medicina veterinária e na reabilitação animal. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 30(2), 125-131.
KATHMANN, I.; CIZINAUSKAS, S.; DOHERR, M. G.; STEFFEN, F.; JAGGY, A. (2006). Daily controlled physiotherapy increases survival time in dogs with suspected degenerative myelopathy. Journal of Veterinary Internal Medicine, 4, 927-932.
LECOUTEUR, R. A.; CHILD, G. (2005). Afecções da medula espinhal. In: Tratado de Medicina Interna Veterinária (3. ed., pp. 919-922). São Paulo: Manole.
PELLEGRINO, F. (2011). Acerca de la mielopatía degenerativa. REDVET. Revista Electrónica de Veterinaria, 12(11), 1-4. Málaga, Espanha.
SANTOS, C. R. O. et al. (2020). Achados clínicos, histopatológicos e moleculares da mielopatia degenerativa canina: relato de caso. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia, 72(2), 339-345.
SCOTT-MONCRIEFF, J. C. R.; GUPTILL-YORAN, L. (2000). Hypothyroidism. In: Ettinger, S. J.; Feldman, E. C. Textbook of Veterinary Internal Medicine (5th ed.).
SHOENFELD, Y.; AARON-MAOR, A. (2000). Vaccination and autoimmunity—vaccinosis: A dangerous liaison. Journal of Autoimmunity, 14(1), 1-10. Philadelphia: Saunders, 1419-1429.
SLATTER, D. (1989). Cirugía de los pequeños animales (Tomo II). Salvat, 2263.
STEINBERG, H. S. (1998). Brachial Plexus Injuries and Dysfunctions. Veterinary Clinics of North America, 18, 565-580
SURANITI, A. P. et al. (2011). Mielopatía degenerativa canina: signos clínicos, diagnóstico y terapêutica. REDVET - Revista Electrônica de Veterinaria, 12(8).