CIRURGIA DE EMERGÊNCIA EM RUPTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL
CIRURGIA

Palavras-chave

Ruptura de Aneurisma de Aorta Abdominal; Cirurgia Geral; Urgência e Emergência; Cardiologia; Angiologia.

Como Citar

Pedro do Valle Varela, J. ., Ferro Schultheis, S. ., Nasser Pauferro, L. ., Claudia Queirós Henriques, A. ., dos Santos Madeira, W. ., Júlia Adolpho Sako, M. ., Freire Andrade, R. ., Fernando Dutra Perim Lima de Mendonça, C. ., Costa Buzatto, N. ., Main Daltio, M. ., da Costa Guerra, Y. ., & Padilha Caser Baía, N. . (2024). CIRURGIA DE EMERGÊNCIA EM RUPTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL: UMA REVISÃO DE TÉCNICAS E PROTOCOLOS. Estudos Avançados Sobre Saúde E Natureza, 18. https://doi.org/10.51249/easn18.2024.2128

Resumo

O aneurisma de aorta abdominal (AAA) é uma dilatação localizada e progressiva da parede da aorta abdominal, representando uma condição potencialmente fatal se ocorrer ruptura. A ruptura de AAA é uma emergência médica que requer intervenção cirúrgica imediata para evitar mortalidade significativa. A gestão eficaz dessa emergência depende da aplicação de técnicas cirúrgicas avançadas e protocolos específicos para maximizar a sobrevida dos pacientes. Esta revisão tem como objetivo examinar as técnicas cirúrgicas emergenciais atuais para a ruptura de aneurisma de aorta abdominal, avaliar os protocolos de manejo pré e pós-operatório, e discutir as inovações recentes que têm potencial para melhorar ainda mais os resultados dos pacientes. Através da análise de estudos clínicos, diretrizes de prática e experiências de centros de referência, buscamos proporcionar uma visão abrangente e atualizada sobre as melhores práticas no tratamento emergencial da ruptura de AAA. Esta revisão bibliográfica tem como objetivo comparar a eficácia e segurança dos reparos endovascular e aberto para aneurismas da aorta abdominal (AAA), com foco em estudos que abordam aspectos como qualidade de vida, prevalência e diretrizes clínicas. As bases de dados utilizadas incluem BMJ Open, New England Journal of Medicine, Journal of Vascular Surgery, São Paulo Medical Journal e J Vasc Bras, com um recorte temporal de 2004 a 2019. A ruptura de AAA é uma emergência cirúrgica que requer uma resposta rápida e eficaz. O diagnóstico precoce desempenha um papel crucial, geralmente realizado por meio de exames de imagem como tomografia computadorizada (TC) ou ultrassonografia. Uma vez confirmada a ruptura, o objetivo principal é estabilizar o paciente hemodinamicamente e prepará-lo para intervenção cirúrgica imediata. Existem duas principais abordagens cirúrgicas para o tratamento de ruptura de AAA: reparo aberto e reparo endovascular. O reparo aberto envolve a laparotomia, controle proximal e distal do vaso, e a substituição do segmento aneurismático por um enxerto sintético. Esta técnica tem sido tradicionalmente considerada padrão de cuidado, oferecendo controle direto sobre o local da ruptura e durabilidade a longo prazo. Por outro lado, o reparo endovascular é uma abordagem minimamente invasiva que utiliza cateteres guiados por imagem para implantar uma endoprótese dentro do aneurisma, excluindo-o da circulação sanguínea. Esta técnica oferece vantagens significativas em pacientes selecionados, como menor tempo de recuperação e menor morbidade perioperatória, embora possa apresentar desafios técnicos em casos de ruptura aguda. As estratégias perioperatórias são essenciais para reduzir complicações e melhorar os resultados. Isso inclui a otimização da perfusão tecidual, controle rigoroso da pressão arterial, manejo de coagulação e monitoramento intensivo pós-operatório. Diretrizes específicas, como aquelas fornecidas pela Society for Vascular Surgery (SVS) e European Society for Vascular Surgery (ESVS), ajudam a padronizar o cuidado e melhorar os desfechos clínicos. Em conclusão, a cirurgia de emergência na ruptura de aneurisma de aorta abdominal é uma intervenção crítica que requer abordagem rápida e multidisciplinar. A escolha entre reparo aberto e endovascular depende da estabilidade hemodinâmica do paciente, anatomia do aneurisma e expertise da equipe cirúrgica. A implementação de técnicas avançadas e o cumprimento de protocolos rigorosos são fundamentais para maximizar a sobrevida e reduzir a morbidade associada a esta condição devastadora. O avanço contínuo na pesquisa e na prática clínica é essencial para melhorar ainda mais os resultados a longo prazo dos pacientes com ruptura de AAA.

https://doi.org/10.51249/easn18.2024.2128
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