Resumo
O teatro, como qualquer outra manifestação artística ou sócio-cultural, tem travado um diálogo com as necessidades que a sociedade vivencia no momento em que são produzidos textos ou outros documentos. O século XX, segundo Szondi (2001), foi marcado por uma experiência subjetiva voltada para o próprio indivíduo, em que este se preocupou com questões relacionadas à sua própria condição e a influência de fatores externos, como foi o caso da economia e política na sua vida. Tentaremos estabelecer uma comparação entre um texto de teor clássico e um texto moderno, para elencarmos diferenças quanto ao estilo e ao gênero existentes entre essas duas categorias. Para tal, foi feito um levantamento teórico sobre a trajetória do drama da Antiguidade à crise moderna, e em seguida, foram selecionadas duas obras Castro, de António Ferreira, de caráter mais tradicional, e A Boba, de Maria Estela Guedes.
Referências
GUEDES, Maria Estela. A Boba.Lisboa: Apenas, 2006.
HOSAKABE, Haquira. A pátria de Inês de Castro. In: IANNONE, C.A.,GOBBI,M. V. Z. & JUNQUEIRA, R. S. (orgs.) Sobre as naus da iniciação: estudos portugueses de literatura e história. São Paulo: Fundação Editora da UNSP, 1998.
MALHADAS, Daisi. Tragédia Grega: o mito em cena. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
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SOARES, Nair de Nazaré Castro. Introdução à leitura da Castro de António Ferreira.Coimbra: Livraria Almedina, 1996.
SZONDI, Peter. Estética histórica e poética dos gêneros. In: Teoria do drama moderno.São Paulo: Cosac & Naify Ediçoes, 2001.p.23-28.
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